Oftalmologista acusado de matar namorada é condenado a quase 17 anos de reclusão em Patos de Minas
Vítima apresentava hematomas pelo corpo quando foi socorrida em hotel que estava com namorado

O oftalmologista Daniel Tolentino, acusado pela morte da dentista e namorada Roberta Pacheco, foi considerado culpado e condenado a quase 17 anos de reclusão na noite desta quinta-feira (15). O caso ocorreu em um quarto de hotel em março de 2019.
Daniel foi denunciado pelo Ministério Público, mas nega o crime. Na época, o casal estava passando a noite em um hotel próximo à rodoviária, quando a jovem precisou ser socorrida após sofrer convulsões e parada cardiorrespiratória. Roberta morreu 13 dias depois.
No entanto, a vítima apresentava hematomas pelo corpo e mensagens que ela havia encaminhado para uma amiga levantaram suspeitas. Segundo o advogado Érico Rodovalho, que acompanhou o caso na época, o crime marcou o município.
“A investigação foi muito extensa, muito detalhada, nós ouvimos 15 profissionais médicos do Hospital Regional, do Samu, amigos e familiares de ambos os envolvidos”, afirmou o bacharel.
Indignação
Vale destacar que o porteiro do hotel disse, em depoimento, ter encontrado sobre a cama objetos utilizados para práticas sexuais e que a vítima estava com uma algema em um dos braços no momento do socorro. A família de Roberta acredita que ela foi agredida.
Para a mãe Elisa Seixas, ela tem uma ferida aberta e reclamou dos seis anos de espera para que o julgamento acontecesse. Além disso, se revoltou com as palavras do advogado de defesa e apontou que o discurso estava coberto de mentiras.
“Acredito que ele não estudou bem esse caso para falar tanta coisa que não é verdade”, destacou Elisa.
O médico foi denunciado pelos crimes de homicídio qualificado por feminicídio, motivo fútil e torpe, assim como tráfico de drogas e estupro de vulnerável. No total, Daniel deverá cumprir uma pena de 16 anos, 7 meses e 15 dias em regime inicial fechado.
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